Seminários de aportes histórico-teóricos
- Performances poético-musicais: mulheres Kel Tamacheque entre cotidiano, política e
encontros comunitários por Mahfouz Ag Adnane em 16.05.2023 - Linguagens coreográficas em trajetórias angolanas por Ana Clara Marques (Angola) em
30.05.2023 - Terceiros Espaços entre teoria e prática na perspectiva e trajetória por Ana Raquel Machava (Moçambique-África do Sul) em 29.05.2023, organizado e facilitado por Valdir Pierote
- Conversa com Sammy Baloji. Palestra sobre Bienal de Lubumbashi (RDC) com organização de Emi Koide, Museu Afro-Brasil, em 29.08.2023
- Resultados parciais de pesquisa de campo realizada sobre o tecido Adire iorubano por Emi Koide em 22.08.2023
- Mapeamento de Galerias, Instituições e Artistas no continente africano, por Flávio da Silva Nogueira, em 28.11.2023
Minicursos de aportes técnico-metodológicos
Duas atividades visando discussões técnicas de pesquisa foram oferecidas para os integrantes do projeto temático:
- Levantamento Teórico e Revisão de Literatura, por Jane Marques em 17.05 2023.
- Utilização de gravadores digitais na pesquisa científica por Sandro Cajé em 11 de agosto
de 2023.
Atividades presenciais de difusão do conhecimento
A primeira atividade pública do Projeto Temático LinK’Art Áfricas foi realizada em parceria com o Festival NegrArte no auditório do Goethe-Institut São Paulo em 13 de maio de 2023. Foram duas atividades que que integraram a programação do festival cujo tema foi “Raízes do Presente” com curadoria dos pesquisadores Flávio da Silva Nogueira: Roda de conversa e exibição de documentário. Na ocasião, Carolina Goetten de Lima, pesquisadora doutoranda, discutiu sua pesquisa sobre rappers mulheres no Senegal e comentou o documentário legendado por ela senegalês “MANE” (2020). A programação também incluiu a roda de conversa intitulada “Resistências, identidades e travessias: diálogos DakarSão Paulo”, centrada no hip-hop e contando também com a participação do pesquisador associado Mahfouz Ag Adnane (Mali-Azawad), Joelma Santo (Brasil) e Nemias Teck (Angola). Durante este evento, foi prestada uma homenagem ao artista-rapper moçambicano Azagaia (1984-2023), cuja influência política e artística foi significativa em países de expressão oficial portuguesa.
Atividades públicas internacionais presenciais
- Entre a batida do ritmo e a batida das ruas – artes urbanas e participação cívica no Senegal contemporâneo. Abdoulaye Niang da Universidade Gaston Berger de Saint-Louis, no Senegal. Realizado de 18 a 19 de outubro em parceria com Acervo África, São Paulo.
- Herança Cultural na Criação Musical Contemporânea Costa-Marfinense. Aghi Bahi da Universidade Félix Houphouët-Boigny, Abidjan, Costa do Marfim. Realizado em 17 de novembro em parceria com Goethe Institut em São Paulo.
- Questões à Arte e à Estética na África. Cyrille Koné, da Universidade Joseph Ki-Zerbo, em Uagadugu, Burkina Faso. Realizado em 24 de novembro entre 10h e 16h, em parceria com a Diáspora Galeria em Pinheiros, São Paulo.
As artes em contextos africanos mostram-se como incontornáveis para o pensamento artístico. Desde os anos 1980 multiplicam-se o reconhecimento de sua força criativa em circuitos mundializados das artes a partir de bienais, exposições e feiras. Quais grupos e movimentos mobilizam a criação e as formas expressivas das identidades culturais em suas dinâmicas ético-estéticas e poéticas? A partir da pergunta inicial, estamos construindo nossas pesquisas e diálogos. Buscamos desenhar mapeamentos de interesses no tempo presente em diferentes contextos do continente, assim como os modos de se recorrer às artes como ferramenta para (se)desafiar diante de ações antrópicas do trabalho humano que também entalha ameaças, gerando de eclosões de violência expressas na forma de guerras ou de intensificação de conflitos sociais, culturais, ambientais, intersubjetivos e cotidianos. Como caminho nos propomos a desenhar metodologias de conexão entre artistas, curadores/as, historiadores/as e ativistas culturais nos processos de pesquisa. Tivemos programação intensa durante três dias, com conferências, apresentação de trabalhos, reunião de pesquisa e visita à galeria Co. Vilanismo. Na ocasião, discutimos os eixos principais da pesquisa: o mapeamento sobre interesses contemporâneos em diferentes contextos do continente africano; os modos como as artes se tornam ferramentas para desafiar e confrontar as ações antrópicas do trabalho humano, e que muitas vezes resultam em ameaças e eclosões de violência expressas em diversas formas. Nosso trabalho desenhou-se com aportes dos pesquisadores associados africanos Aghi Bahi da Costa do Marfim e Abdoulaye Niang do Senegal, além da participação do professor de filosofia e estéticas africanas, Cyrille Koné, cuja vinda ao Brasil contou com o apoio do Ministério da Cultura e da Universidade de Ouagadougou, Burkina Faso. O seminário dialogou com os artistas e o público mais amplo sobre campos de criação, instituições, engajamentos e premissas.